quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Xis: “são coisas que não percebes…” XIV

Carequinhas finalmente o notável Grupo das Quintas teve uma noite como na sua génese. Não faltou nada. Não sei se posso enumerar aqui tudo mas garanto que foi uma saída semelhante às que tínhamos no primeiro ano. O aniversário da menina era a efeméride e esta consegui reunir no berço do país (segundo os livros, pois onde Portugal nasceu foi na PVZ) grande parte do GQ.
A noite começou como sempre com estágio, o “estágio clássico”: eu, o Mister e o nosso menino por “arrasto”. O Jacob também participou mas já aqui, não teve andamento para a Elite. Com 5 minutos de atraso chegamos ao jantar que já havia iniciado sem a nossa presença… já nem 5 minutos nos podemos atrasar… Pelo menos não tinham começado a beber! Estrategicamente a menina separou a Elite para proteger os restantes convidados dos perigos da sangria, pois exceptuando o GQ mais ninguém tinha hábitos saudáveis de apanhar a puta regularmente e a prova disso é que só nos fizemos brindes, sendo necessário registar o “penalty GQ” (“eu não preciso de avanço”): começava aqui a destruição (no sentido literal da palavra no que à casa diz respeito).
Se querem dar uma festa em vossas casas nunca deixem aguarelas próximo de bêbados muito menos do GQ pois correm o risco que alguém por equívoco pinte uma tela. A sangria além de aumentar a inspiração artística também eleva a criatividade e qualquer tipo de objecto, quer este respire ou não, pode servir de suporte físico a obras de arte.
“Oh mãe olha aqui uma piça! Desenharam uma piça mãe…”
Quero aproveitar este espaço para fazer a minha defesa. Fui acusado injustamente de fazer uma pintura que não compus. Só porque o colorido em causa era da mesma cor da tinta que eu ostentava não significa nada. O el Patron agora é o bode expiatório de tudo: casaco pintado? Foi o el patron; parede pintada? Foi o el patron; não entramos na disco? Foi o el patron; roubaram o tabaco à mãe da Rita?Foi o el Patron; entornaram 3 shots? Foi o el patron. “Não percebes”… o principal suspeito deveria ter sido o nosso menino, pois já é reincidente em obras de arte na casa da menina, sendo no entanto a sua representação artística mais urbana (grafitis) daí compreenderem-se as interrogações em relação ao autor que não assinou a exposição que executou.
Quando já não havia mais nada para demolir fomos para a rua. Tínhamos vários carros mas teimosamente eu, a madrinha e a menina pretendíamos viajar na bagageira. Fomos expulsos da mala e como forma de protesto (não sei qual foi a razão efectiva mas protesto parece-me bem) fizemos o percurso a pé.
Nas proximidades da oliveira foi o “fim do mundo”. Entre músicas de afectuosidade a Guimarães passando pelo hino da Póvoa e terminando nas músicas GQ semeamos o pânico por onde passávamos. “Sou a branca de neve. Non non non, és o capuchinho vermelho e eu sou o lobo mau. Já te disse que sou a branca de neve. Nheeee”. Movíamo-nos pelas ruas do álcool e encontramos nesta jornada além do capuchinho vermelho um padre intelectual (de muitas leituras) que ficou sem uma haste dos óculos; um pescador que ficou sem cana; alguém com uma flauta que ficou sem a dita cuja que passou a ser do Jacob, o que permitiu às (não sei se também “os”) vimaranenses tocar na gaita do Jacob; um terrorista que ficou sem a metralhadora; várias catwomans que ficaram sem as orelhas e/ou a cauda.
Nos bares os shots ganhavam vida, voavam e mais uma vez era o El Patron o culpado da vontade própria dos kalashes … a noite avançava e faltava o momento luisinho. A meio da bebedeira, o nosso menino tem um flash e “ricaaaaaardo vamos pa Póvoa”, obviamente “non non non” e desapareceu, era o primeiro elemento do GQ a abandonar o navio que se afundava no que restava da garrafa de gasosa.
Minutos depois abordávamos o porteiro do trás trás. “15€ Entrada. Achas que vou pagar 15€ para entrar nesta merda? Você nem que pague 15, 50 ou 500€ entra. Se não pago 15 acha que vou pagar 500 pa entrar nessa merda?” como diria e bem o mister “oh meo estúpido és mesmo estúpido”… depois de negociações estúpidas e de falar com o xis e o Y partimos para outro bar que encerrava às 2h da manha. Por esta altura seriam 5 no mínimo. Pelo caminho perdemos o mister, a menina (eu avisei no inicio que tinha sido uma saída como antigamente…) e as especiarias, mais tarde encontramos as 3 mas voltamos a perder a terceira no entanto conseguimos reencontrar posteriormente para voltar a perder mais algumas vezes.
À porta do bar fomos barrados novamente. “Chame aí o Sr. Domingos que eu quero falar com ele”; “isto já fechou, não vale a pena”; “chame o Sr. Xis”; “não dá mesmo”; “não é para entrar, é só para mostrar aos meus amigos”, “desculpe não pode ser hoje”, “mas eles vieram de Lisboa e Coimbra para ver isto”, “non non non, eu vim da póvoa caralho e só quero ir aí beber um copo”, “já não temos bebidas, isto está a fechar”, “vamos embora”. Tenho apenas uma pergunta a fazer: já alguma vez ficaram à porta de uma disco comigo na terra querida? Não.
Já que não conseguíamos entrar em nenhuma disco decidimos tentar o único local que tínhamos guest, o sótão da casa do Teixeira. Aqui finalmente conseguimos entrar depois de o Teixeira falar com o porteiro. “São 6 da manhã vou acordar a minha mãe… isto é um acordo que nós temos”. Ficamos pouco tempo pois não havia balcão e a grace precisa dele para subsistir mas ainda houve tempo para dar uma massagem à madrinha (o que eu não faço por uma semente…). Durante a evacuação do sótão aproveitei para mudar a decoração do prédio e espero agora serenamente pelos agradecimentos dos vizinhos.
Transferimo-nos para casa da menina, segundo dizem no carro do mister, mas não demos por terminada a festa. Após a irmã da Rita roubar a mãe e gentilmente fornecer o GQ que naturalmente não pediu nada, finalizamos o jantar. Eu, o Teixeira e a grace comemos chouriço com morangos acompanhados com safari e só quando já nascia o sol fomos dormir ou tentar porque um fdp de um telemóvel estava sempre a tocar. Quem é que liga para alguém às 11h da madrugada?! Isto são horas de incomodar alguém? Já não há respeito…
Como eu disse, isto foi uma saída como antigamente, logo não terminou aqui. Após o período “vamos almoçar”, este apenas falhou pela ausência do carnal parlamento, mascaramo-nos de bêbados ressacados (ou não se tratasse do carnaval) e avançámos até ao indispensável macxis. Curiosamente toda a gente olhava para nós, éramos sem dúvida as pessoas com o disfarce mais realista.
Para terminar a menina mostrou-nos um pouco de guima o que é sempre esplêndido para curar a ressaca. Fomos até ao castelo e passeamos pelo centro histórico, a única coisa que não percebi é porque fizemos isso se nesses locais não havia álcool…
Foi assim a 3ª festa de aniversário da menina na companhia do GQ, ou seja, foi assim a 3ª festa de aniversário da menina. Ficou provado que o Grupo das Quintas continua bem vivo. Espero que daqui a 50 anos comemoremos em Guimarães ou noutro local o aniversário da menina do mesmo modo que festejamos os últimos 3. Uma vez GQ, GQ para sempre, ou como ficou tatuado no braço da menina “4ever”.

P.S.: Se alguém conhecer a razão do golpe que tenho nas costas agradecia que me informa-se.


Salve,

El Patron

5 comentários:

Anónimo disse...

Em minha defesa, venho dizer que na minha gaita so tocou conedo. Pk alias eram as gajas que o patron se metia com e me arrastava. "Es de guimaraes? Sou. Eu sou da povoa." Começava assim o floriado. (e nem acabou com a parte do "gatinha, posso levar o teu rabinho??", parou mais ou menos com a parte do "vou chamar o meu irmao!") Depois aprendi o truque para quando estiver na povoa. "Jacob, tu fazes assim na povoa... vais com o coneixo, e metes te a falar com elas...se disserem que sao da povoa, dizes que es doutro sitio, percebes?" Eu acho que percebi, mas pronto.
Foi pena n termos ido ao tras tras, mas ao menos o grace n se meteu no balcao. Grande patron, sempre a pensar adiantado. E aquilo era uma merda. Agora, fim do mundo foi a casa do teixeira. Alias sotao. (SHHH nao façam barulho que o meu avo ta a dormir).Que o sofa provavelmente tinha muito uso por parte do teixeira e sem falar no cheira'mofo que era...qual discoteca qual que? Em guimaraes o melhor sitio eh o SOTAO DO TEIXEIRA. recomendo.
E ja agora, Ritinha: MUDA ME A PUTA DA GAMBIARRA DESSE TEU TELEMOVEL.
continuando com os comentarios, Festa fim do mundo e mais um anito na fofinha da nossa ritinha. pena as ausencias da elite .

Jacob

Anónimo disse...

LOOL

apesar de maior parte da noite se ter apagado da minha memória posso dizer que foi uma grande noite, sim :D

uma saída GQ com tradições à GQ.
Ricardo, só falhaste numa coisa... desta vez n gregaste no comboio!

e a culpa foi tua por n termos entrado na discoteca... podiamos ter ido para outra, n sei como é q n m lembrei disso na altura... mas pronto. lol

só quero esclarecer outra coisa... a minha mãe deu o maço de tabaco voluntáriamente e a minha irmã não roubou nada x)


******
a menina

Anónimo disse...

n m lembro nada disso jacob...
e ritinha isso d gregar no comboio é mito... eu n enjoou a andar d comboio e tb n tenho culpa por n entramos na disco. já n é a primeira vez k fico a porta por vossa culpa!!

El Patron

Monica disse...

Os Kalashes q eu paguei, diga-se de passagem! xD

Gracinda disse...

a piça fui eu q desenhei! xDD